Merly Donoso, Dietrich Kollöffel, Armando Chuh, José Luiz Silva
Ritmo é o pulso da vida.
Percussão é
a forma mais antiga de música.
Desde tempos remotos tocaram-se
tambores em rituais sacros e profanos. Nas mais diversas culturas, o tambor
desempenhou um papel fundamental para expressar os sentimentos dos seres
humanos, e com o passar do tempo entrou em vários estilos musicais
com grande variação de formas e sons.
Junto com o seu quarteto de
percussão Parana Bomfim apresenta o projeto Voz dos Tambores,
cujo propósito é mostrar a dimensão do tambor desde
a sua força ritualística, passando pela utilização
na música tradicional até as suas possibilidades em peças
de vanguarda. O repertório dos instrumentos abrange instrumentos
pequenos de percussão, tambores acústicos e drumpads.
Parana Bomfim é alabê
de uma casa de Candomblé em São Paulo. Os tambores desempenham
um papel importante tanto na religião como na cultura afro-brasileira.
Todas as peças do concerto
são composições de Parana Bomfim. Voz dos Deuses
I
e
II não são a imitação de um
ritual religioso, mas um arranjo elaborado por Parana Bomfim para esse
projeto.
Salva aos orixás
- Avassa em 15/8
Muzenza
No Candomblé Muzenza
é um ritmo específico e uma dança de iniciação
no ritual de Angola. É um ritmo dedicado a Oxalá.
Mustafa
Desenvolvido na Dança
Expressiva durante muitos anos em cooperação com a bailarina
Elise Ralston. Os ritmos ímpares estabelecem um diálogo entre
os instrumentos e entre eles e o corpo.
Sónde
Um tema para berimbau. Em
língua bantu Cokwe, Sónde significa "formiga brava".
Jagun
Significa "guerra" em Yoruba.
Como em "um campo de batalha musical" os diferentes níveis de ritmo,
timbres e acentos se entrelaçam, se cobrem e se enfrentam em mudanças
briosos.
Máquina
O ritmo da máquina,
o motor, a força, o desespero em vista de uma maquinária
em movimento contínuo que não pode ser mais interrompida.
Essa composição de Parana não tem um modelo direto
no repertório tradicional. O princípio da repetição
de motivos aqui aplicado, gera um tapete de som rítmico cuja construção
sugere um minimalismo percussivo.
Iyálóde
Seu contexto é religioso,
mas sua força ultrapassa o mundo fechado do ritual: o ritmo de ijexá.
Três vozes se entrelaçam em uma polifonia rítmica que
na sua construção lógica e no desenvolvimento dos
seus motivos musicais recorre à mesma fonte espiritual como uma
fuga de Bach.
Civilização(peça
electro-acústica)
Harmonia - Guerra - Destruição
- Resistência
A peça narra a história
da ameaça da natureza pela guerra e ganância dos seres humanos
que em poucos séculos conseguiram destruir e estão destruindo
uma harmonia antiquíssima de natureza e cosmos.
Mas a terra se defende junto
com alguns dos seus habitantes.
É a história
da Amazônia, mas também de qualquer outro lugar do nosso planeta.
Oxalá - orixá
do mistério, vento, sinos
Exu - todos os elementos
Avassa em 21/8
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